Em março deste ano, os 22 cemitérios públicos de São Paulo e o crematório da Vila Alpina passaram a ser administrados pela iniciativa privada. Os preços subiram, mas há opções para quem não pode arcar com os custos de um funeral.
Quanto custa morrer em São Paulo?
A tabela de serviços funerários foi reajustada em cerca de 400%. Quando o serviço era oferecido pela prefeitura, o menor valor de um funeral com velório era de R$ 299,95; com a iniciativa privada, o serviço passou a custar no mínimo R$ 1.440.
A prefeitura de São Paulo, porém, manteve as gratuidades previstas em lei. O funeral gratuito pode ser solicitado por famílias inscritas em programas sociais.
Também houve redução de 25% no valor do funeral social, que passou de R$ 755 para R$ 566. O serviço é oferecido para quem não tem condição de arcar com os custos de um enterro de imediato.
Quem tem direito ao funeral gratuito?
No funeral gratuito, não há direito a velório e é feito apenas o sepultamento. Os seguintes grupos têm direito ao benefício:
- Famílias que recebam até três salários mínimos ou com renda per capita de até meio salário mínimo e esteja inscrita no CadÚnico
- Pessoas em situação de rua nos últimos 12 meses, inscrito no Sisrua (Sistema de Atendimento do Cidadão em Situação de Rua)
- Doadores de órgãos
- Beneficiários do BPC (Benefício de Prestação Continuada)
O enterro gratuito pode ser feito em apenas cinco cemitérios da capital paulista:
- Cemitério Dom Bosco (Perus)
- Cemitério São Luiz (Santo Amaro)
- Cemitério Saudade (São Miguel Paulista)
- Cemitérios Vila Formosa 1 e 2 (Vila Formosa)
Quem tem direito ao funeral social?
Assim como na opção gratuita, é feito apenas o sepultamento nessa modalidade. O enterro, no entanto, pode ser solicitado nos 22 cemitérios públicos de São Paulo.
Todos os moradores de São Paulo têm direito ao benefício. Não é necessário comprovar renda, basta solicitar a modalidade no ato da contratação.
Quem pedir o funeral social receberá um boleto no valor de R$ 566, que deverá ser pago em até 60 dias. Ao longo deste período, a família pode pagar a dívida ou se inscrever no Cras (Centro de Referência e Assistência Social), para ter a cobrança retirada.
Caso o titular não pague a dívida ou não se inscreva no Cras, ele não pode pedir um novo funeral social. Nessa situação, o devedor também pode ter o CPF negativado e ser cobrado judicialmente.