Na parte política, temos títulos verdes, Lula na ONU e reforma tributária. O ministro da Economia, Fernando Haddad, lançando hoje (18) os títulos soberanos sustentáveis (ou verdes) na Nyse e o presidente Lula (PT) abrindo amanhã (19) a Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas). Ainda nesta semana, está marcado o retorno das discussões sobre a reforma tributária no Congresso. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), também acredita na aprovação da tributação das offshores.
Futuros americanos operam com leve alta, também à espera da decisão sobre juros dos EUA. A maior parte do mercado aposta que o Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos) vai decidir pela manutenção da taxa de juros no patamar atual. Mesmo assim, não está descartado um novo aumento até o final do ano, por conta da alta nos preços do petróleo. Na agenda desta semana, além da decisão sobre juros, temos ainda a leitura preliminar de setembro do PMI/S&P Global composto, que será divulgado na sexta (22).
Bolsas europeias caem, após notícias que afetaram empresas da França. As ações do grupo varejista Casino Guichard-Perrachon têm forte baixa, bem como as do banco Société Générale. No final da semana passada, o regulador do mercado da França revelou que multou a Rallye, holding por trás do Casino, por divulgar informações falsas ou enganosas sobre sua posição financeira. A Société, por sua vez, detalhou hoje um novo plano estratégico até 2026 que desagradou o mercado. Paralelamente, reina o sentimento de cautela antes da decisão sobre juros principalmente nos EUA, mas também na China e no Japão.
Cautela também na Ásia, onde os mercados fecharam majoritariamente em baixa. O índice Hang Seng caiu 1,39% em Hong Kong, enquanto o Kospi subiu 1,02% na Coreia do Sul e o Taiex registrou perdas de 1,32% em Taiwan. No Japão, não houve negócios hoje devido ao Dia do Respeito ao Idoso, um feriado nacional. Na China, o Xangai Composto subiu 0,26%, e o Shenzhen Composto avançou 0,54%. Investidores da região e de outras partes do mundo estão na expectativa pela decisão do Banco Central chinês (PBoC) sobre suas taxas principais, conhecidas como LPRs, e por sinais de quando o Banco do Japão (BoJ) pode deixar para trás sua política ultra-acomodativa.
Preços do petróleo sobem, impulsionados pelo receio de oferta menor. As previsões apontam para um aumento do déficit de oferta no quarto trimestre, após a Arábia Saudita e a Rússia prolongarem os cortes. Também contribui o otimismo de uma recuperação da procura na China, o maior importador mundial de petróleo.
Telefônica Brasil tem autorização prévia para reduzir capital social. A dona da Vivo informou que o conselho diretor da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) aprovou, por unanimidade, o pedido de anuência prévia para que a companhia efetue uma ou mais reduções de seu capital social atual em até R$ 5 bilhões. A Telefônica ainda informou que o inteiro teor da deliberação e seu extrato ainda não foram disponibilizados pela Anatel, de modo que, tão logo tenha conhecimento dos termos e condições, divulgará novo fato relevante.