10. Se você comprou ações de empresas com gestão eficiente e geram caixa, ainda no primeiro trimestre, e chegou com elas até aqui, ponto para você. Você ganhou dinheiro.
11. A contraparte perdedora provavelmente é o investidor individual de fundos de ações. Esses fundos, que formam uma indústria de R$ 500 bilhões no mercado brasileiro, sofreram pesados saques nos três primeiros meses do ano.
12. Ocorre que, em momentos de descrença, os saques superam os depósitos e, muitas vezes, os gestores precisam vender ações em mau momento para ter liquidez. Essa é a mãe do desempenho pífio.
13. Os saques foram tão importantes no começo do ano que, mesmo com a Bolsa atingindo recordes nominais agora, esse tipo de fundo vai terminar 2023 com menos patrimônio do que começou, segundo dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). É o comportamento de todo bom pato: vendeu cotas de fundos na baixa para voltar às compras na alta.
14. “Investidor em fundo de ações não deveria mexer no dinheiro antes de três anos. É uma tragédia vender na baixa e recomprar na alta”, disse à coluna Tiago Reis, fundador da Suno, um grupo que reúne uma gestora e uma casa de análises.
15. Outro gestor de fundos de ações, que pediu para não ser identificado pelo nome, reclama do “Maria 12 meses”, neologismo para designar aquele investidor que só olha o desempenho nos últimos 12 meses e fica pulando de galho em galho.