A Saraiva não tem mais nenhum imóvel dentre seus ativos. Os ativos relacionados pela empresa no pedido de falência são: bens móveis (máquinas e equipamentos, móveis e utensílios) com valor total de cerca de R$ 15 milhões, estoque (486 mil livros, 108 mil itens de papelaria e 28 mil itens de outras mercadorias) com valor total de cerca de R$ 21 milhões, e um valor estimado entre R$ 230 e 250 milhões a receber em processos judiciais.

Se for decretada a falência, sócios ficam impedidos de operar no setor por um período. O chamado prazo de reabilitação é de três anos, mas pode ser de até cinco anos, caso seja comprovado algum tipo de crime, afirma Rafael Brasil, especialista em insolvências empresariais e sócio do Brasil e Silveira Advogados.

Ações deixam de ser negociadas em bolsa. No caso de empresas com ações negociadas em bolsa, como a Saraiva, após a falência, as ações deixam de ser negociadas e o investidor em geral perde o investimento. Porém, diferente do sócio majoritário, o pequeno acionista em geral não sofre nenhum tipo de responsabilização, diz Brasil.

Uma vez que a falência for decretada, todos os ativos da empresa são entregues ao administrador judicial. E os credores podem continuar cobrando seus direitos em cima dos ativos da massa falida.
Rafael Brasil, especialista em insolvências empresariais e sócio do Brasil e Silveira Advogados

Entenda o caso da Saraiva

O pedido de falência veio 15 dias após a empresa fechar suas últimas lojas e demitir todos os funcionários. No dia 20 de setembro, a Saraiva demitiu os últimos 180 funcionários da rede e fechou as cinco lojas da rede que ainda existiam, quatro em São Paulo e uma Campo Grande (MS).

Fonte: UOL