Ao todo, 24 associações integram o “Parcelo Sim!”. Além da Abrasel, aderiram ao movimento entidades como a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), a Proteste e o Sebrae, que apoia micro e pequenas empresas. “Não faz nenhum sentido mudar as regras só para agradar aos grandes bancos”, afirma Décio Lima, presidente do Sebrae Nacional.

CMN vai definir regras para limitar os juros do rotativo do cartão. O teto estava previsto na lei do Desenrola Brasil, sancionada pelo presidente Lula (PT) em outubro. Segundo a regra, os juros cobrados pelos bancos em caso de atraso no pagamento da fatura não devem exceder 100% do valor da dívida original. Hoje, essa taxa passa de 400% ao ano.

Discussão levou a questionamentos sobre parcelamento sem juros. A Febraban (Federação Brasileira de Bancos), por exemplo, condicionou a redução do rotativo a uma limitação no parcelamento sem juros. Algumas associações ligadas ao varejo e à defesa do consumidor, porém, questionam essa associação. Por isso, se reuniram para criar o movimento “Parcelo Sim!”.

Os bancos não podem definir sozinhos as regras do jogo. O comércio e, sobretudo, os consumidores precisam ser ouvidos nesse debate. Está claro que a população, principalmente a mais vulnerável economicamente, não quer abrir mão da possibilidade de fazer compras parceladas sem juros. É uma conquista histórica dos brasileiros.
Paulo Solmucci, presidente da Abrasel

Fonte: UOL