O IPCA é calculado a partir da análise de produtos e serviços de 16 áreas urbanas do país. São Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Distrito Federal, Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.

Trata-se de um levantamento mensal. O IBGE analisa os preços dos itens que compõem a cesta de referência do 1° ao 30° dia de um mês e o compara com o mês anterior, obtendo, assim, um resultado que reflete a variação dos preços, cuja porcentagem é representada pelo IPCA. Em novembro, por exemplo, o IPCA registrado foi 0,28%, o que significa um aumento da inflação.

O IPCA é a média ponderada dos preços dos itens da cesta, que considera o peso de cada item no orçamento familiar. “Além disso, mensalmente, são feitos ajustes pouco substanciais nesses pesos, por exemplo, quando um produto cai abaixo da inflação ele perde peso no cálculo do IPCA no mês seguinte e vice-versa”, pontua André Braz.

A gasolina é, individualmente, o item com mais peso na cesta do IPCA. A cesta de referência engloba 377 produtos e serviços divididos em nove categorias: alimentação e bebidas; habitação; artigos de residência; vestuário; transportes; saúde e cuidados pessoais; despesas pessoais; educação e comunicação. A gasolina, do grupo dos transportes, ocupa cerca de 5% do orçamento doméstico.

E por que a inflação que você sente é diferente?

Na prática, os produtos e serviços consumidos por família variam de acordo com renda, configuração familiar e preferências. “Famílias com crianças, por exemplo, costumam ter mais gastos com alimentação e mensalidade escolar, enquanto famílias com idosos consomem mais medicamentos e plano de saúde. Por isso, a percepção pessoal sobre a inflação tende a ser diferente da inflação oficial”, explica André Braz, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Fonte: UOL