Em 2013, país chegou a ter 14,6 milhões de trabalhadores filiados a sindicatos. Nos anos seguintes, o contingente entrou em trajetória de queda e se intensificou após a reforma trabalhista de 2017, que que derrubou a obrigatoriedade de contribuição sindical anual. Veja gráfico:
Percentual de mulheres sindicalizadas superou o de homens pela primeira vez. De 2012 a 2019, o percentual de homens entre os trabalhadores sindicalizados sempre foi maior que o de mulheres. Essa diferença diminuiu ao longo dos anos e, em 2022, a taxa de sindicalização entre as mulheres (9,3%) enfim ultrapassou a dos homens (9,1%).
Crescimento da ocupação não fez aumentar número de sindicalizados. A queda no número de filiados a sindicatos aconteceu mesmo em meio ao crescimento da população ocupada, que cresceu 11% em uma década: passou de 89,7 milhões em 2012 para 99,6 milhões em 2022.
A expansão da população ocupada nos últimos anos não se converteu em aumento da cobertura sindical no país. Esse resultado pode estar relacionado a diversos elementos, como a forma de inserção do trabalhador na ocupação, as modalidades contratuais mais flexíveis introduzidas pela (…) reforma trabalhista e o uso crescente de contratos temporários no setor público.
Trecho da pesquisa do IBGE
Agro é a área com mais sindicalizados
Setor de agropecuária tem a maior taxa de sindicalização. Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura foi o grupo de atividades com o maior percentual de sindicalizados em 2022: 16,5%. Nestas áreas, há uma participação importante dos sindicatos de trabalhadores rurais, “principalmente nas regiões Nordeste e Sul”, diz o IBGE. Em 2012, 22,8% dos trabalhadores deste grupo eram sindicalizados.